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Acúmulo dos destroços

Eu preciso falar dos meus sentimentos, daqueles que me destroçam, me derrubam e desanimam. Quero gritá-los, revelar suas faces e desmascarar suas façanhas contra os meus sorrisos. Os nós que me fizeram sentir na garganta - sufocando meus gritos, agora são soltos.  

    Percebo tais sentimentos como seres que podem tomar corpo, ter formas e cores. Entidades que todos os seres humanos conhecem ou irão conhecer um dia, presentes no  íntimo de cada um, compõem parte do que somos e determinam a forma como reagimos à vida. Não quero falar do belo, do estado da felicidade, minha necessidade está na expressão do desconforto. No acúmulo dos destroços do meu próprio ser. 

  Dar um rosto aos sentimentos me permite enxergá-los e encará-los, buscando assim compreender as vivências que os causam. Esses rostos existem na minha arte como manifestação da minha ansiedade, da minha inquietação física e psicológica para com o mundo. Não digo que a arte me aquieta por completo, ela na verdade significa um respiro da mente conturbada

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© 2020 por Carol Souza. 

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